Intuição e raciocínio matemático na didática da matemática
Palavras-chave:
Didática da matemática, Raciocínio matemático, Intuição, Teoria das situações didáticasResumo
Este artigo discute a teoria da intuição e do raciocínio matemático sob a perspectiva da Didática da Matemática, elucidando as possibilidades de manifestação de diferentes níveis de raciocínio intuitivo, as possibilidades de sua identificação e contribuição para a área educacional. O objetivo do artigo é avaliar a possibilidade de integração entre a intuição e o raciocínio matemático, buscando aprimorar a perspectiva do ensino prático, considerando a influência da intuição na construção do raciocínio matemático e em sua aprendizagem. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica básica e exploratória, baseada na análise de trabalhos que abordam a intuição e o raciocínio matemático em diferentes níveis. Como resultado, propõe-se uma discussão que relaciona os níveis de raciocínio dentro da Teoria das Situações Didáticas, sob a perspectiva de Brousseau e Gibel (2005) e a categorização da intuição apresentada por Efraim Fischbein (1987), buscando semelhanças e convergências entre esses estudos. Por fim, reforça-se que em Matemática é importante desenvolver nos alunos a capacidade de distinguir entre percepção, sentimentos intuitivos, crenças intuitivas e convicções formalmente mantidas, desenvolvendo interpretações adequadas no campo da intuição, juntamente com a evolução das estruturas formais de raciocínio.
Referências
Artigue, M. (1988). Ingénierie didactique. Recherches en Didactique des Mathématiques, 9(3), 281-308.
Bachelard, G. (1996). A formação do espírito científico: contribuição para uma psicanálise do conhecimento. Contraponto Editora.
Blattberg, R. C. y Hoch, S. J. (1990). Database Models and Managerial Intuition: 50% Model + 50% Manager. Management Science, 36(8), 887-899.
Brousseau, G. (1976). Les obstacles épistémologiques et les problèmes en mathématiques. In W. Vanhamme y J. Vanhamme. (Eds.). La problématique et l’enseignement de la mathématique. Comptes rendus de la XXVIIIe rencontre organisée par la Commission Internationale pour l’Etude et l’Amélioration de l’Enseignement des Mathématiques, Louvain-la-neuve, pp. 101-117.
Brousseau, G. (1986). Théorisation des phénomènes d´enseignement de mathématiques. (Thèse d´État et Sciences). Université de Bordeaux I.
Brousseau, G. (1996). Os diferentes papéis do professor. In C. Parra y I. Saiz. (Eds.). Didática da Matemática: reflexões psicopedagógicas. Artes Médicas.
Brousseau, G. (2008). Introdução ao estudo das situações didáticas: conteúdos e métodos de ensino. Ática.
Brousseau, G. y Gibel, P. (2005). Didactical handling of students’ reasoning processes in problems solving situations. In C. Laborde, M. J. Perrín-Glorian and A. Sierpinska. (Eds.). Beyond the Apparent Banality of the Mathematics Classroom. Springer, pp. 13-58.
Chevallard, Y. (1991). La Transposition didactique. La Pensée Sauvage Éditions.
Epstein, S. (1994). Integration of the cognitive and the psychodynamic unconscious. American Psychologist, 49(8), 709-724.
Fischbein, E. (1987). Intuition in Science and Mathematics: an educational approach. Mathematics Educational Library.
Fischbein, E. (1992). The psychological nature of the concepts. In H. Mansfield, N. A. Pateman and N. Bednarz (Eds.). Mathematics for tomorrow's young children: international perspectives on curriculum. Papers from 7th International Congress on Mathematical Education, Quebec, Canadá. Springer, pp. 102-119.
Fischbein, E. (1993). The Theory of Figural Concepts. Educational Studies in Mathematics, 24(2), 139-162.
Fischbein, E. (1999). Intuitions and Schemata in Mathematical Reasoning. Educational Studies in Mathematics, 38(11), 11-50.
Gamoneda, A. y González, F. (2018). Idea súbita. Ensayos sobre epifanía creativa. Abada.
Gibel, P. (2015). Mise en œuvre d’un modèle d’analyse des raisonnements en classe de mathématiques à l’école primaire. Éducation Didactique, 9(2), 51-72.
Grande, A. L. y Silva, B. A. (2013). Resolução de questões relacionadas ao cálculo e o uso da intuição e do rigor. Educação Matemática Pesquisa, 2(1), 27-38.
Hadamard, J. (1945). An essay on the Psychology of Invention in the Mathematical Field. Princeton University Press.
Kidron, I. (2011). Tacit models, treasured intuitions and the discrete - continuous interplay. Educational Studies in Mathematics, 78(1), 109-126.
Lieberman, M. D. (2000). Intuition: A Social Cognitive Neuroscience Approach. Psychological Bulletin, 126(1), 109-137.
Margolinas, C. (2005). Essai de généalogie en didactique des mathématiques. Revue suisse des sciences de l’éducation, 27(3), 343-360.
Margolinas, C. (2015). Situations, savoirs et connaissances…comme lieux de rencontre? Formation et pratiques d’enseignement en questions, 2(19), 31-39.
Moreira, M. A. y Rizzatti, I. M. (2020). Pesquisa em ensino. Revista Internacional de Pesquisa em Didática das Ciências e Matemática, 1, 1-15.
Otte, M. (1997). Analysis and synthesis in mathematics from the perspective of Charles S. Peirce’s philosophy. In M. Otte and M. Panza (Eds.). Analysis and synthesis in mathematics: History and Philosophy. Kluwer Academic Publishers, 327-364.
Pais, L. C. (1996). Intuição, experiência e teoria geométrica. Zetetiké, 6. https://doi.org/10.20396/zet.v4i6.8646739
Poincaré, H. (1899). La logique et l’intuition dans la Science Mathématique. L´enseignement Mathématique, 1, 157-162.
Poincaré, H. (1900). Du rôle de l'intuition et de la logique en mathématiques. In: Compte-rendu du deuxième Congrès international des mathématiciens tenu à Paris, 115-130.
Poincaré, H. (1904). L'enseignement des sciences mathématiques et des sciences physiques. Musée pédagogique, Paris. Publications du Musée pédagogique, 6, Imprimerie Nationale, 1-28.
Poincaré, H. (1908). L'invention mathématique. Bulletin de l'Institut Général de Psychologie, 8è année, numéro 3, 175-196.
Pretz, J. E., Naples, A. J. y Sternberg, R. J. (2003). Recognizing, Defining, and Representing Problems. In J. E. Davidson and R. J. Sternberg (Eds.). The psychology of problem solving. Cambridge University Press, 3-30.
Schooler, J. W. y Melcher, J. (1995). The ineffability of insight. In S. Smith, T. Ward and R. Finke (Eds.). The creative cognition approach, Cambridge, MA: MIT Press, 97-133.
Ul-Haq, S. (2015). Intuition and creativity. Lahore University of Management Sciences. https://doi.org/10.13140/RG.2.1.4641.3289
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
ARK
Licença
Copyright (c) 2023 Renata Teófilo de Sousa, Francisco Régis Vieira Alves, Helena Maria Barros de Campos
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Usted es libre de:
- Compartir — copiar y redistribuir el material en cualquier medio o formato
- Adaptar — remezclar, transformar y construir a partir del material para cualquier propósito, incluso comercialmente.
Bajo los siguientes términos:
- Atribución — Usted debe dar crédito de manera adecuada, brindar un enlace a la licencia, e indicar si se han realizado cambios. Puede hacerlo en cualquier forma razonable, pero no de forma tal que sugiera que usted o su uso tienen el apoyo de la licenciante.
- No hay restricciones adicionales — No puede aplicar términos legales ni medidas tecnológicas que restrinjan legalmente a otras a hacer cualquier uso permitido por la licencia.