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O DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES COMUNICATIVAS ORÁIS 

O desenvolvimento das habilidades comunicativas oráis na formação investigativa: necessidade de sua inovação didática

The development of oral communicative abilities in the research formation:  needs of didactic innovation

 Francisco Armando Limonta Villalón [1]

 Silvia Miriam Morgan Scott [2]

              Wilfredo Carbonell Limonta[3]

Resumo

O desenvolvimento das habilidades comunicativas oráis na formação investigativa tem constituído um grande desafío dos professores da Escola Superior Pedagógica do Bié. O estudante entra com determinadas habilidades a partir das suas vivências; neste sentido, se tem detectado uma situação problemática no desenvolvimento das habilidades mencionadas. O objetivo deste trabalho é propor uma estratégia didática, como inovação didática, para desenvolver as habilidades comunicativas oráis na formação investigativas dos estudantes do Curso de Educação Primária da referida escola. Utilizaram-se métodos do nível teóricos, empíricos e estatísticos matemáticos. A metodologia de investigação utilizada contribuiu a justificar o paradigma empregado, assim como o emprego dos indicadores, constituindo uma guia para a obtenção dos resultados do diagnóstico do estado actual do objecto e campo da investigação. Sobre a base do diagnóstico do estado actual se detectaram alguns resultados que denotam insuficiências no desenvolvimento na construção oral do texto científico para a defesa dos resultados da investigação. A estratégia didáctica elaborada, resultado da inovação didáctica, constitui uma ferramenta para o desenvolvimento das habilidades comunicativas oráis dos estudantes. Além disso, oferece a possibilidade de desempenhar um papel dinamizador das atividades mentais dos estudantes porque ela se ajusta as características contextuais da Escola Superior Pedagógica do Bié.

 Palavras-chave: habilidades comunicativas oráis, formação investigativa, estratégia didática

                                                                 Abstract                          

The development of communicative oral abilities in the research formation constitutes a great challenge to professors in the Higher Pedagogical School of Bie. The students enter with certain abilities according to their life styles. A problematic situation is detected in the development of the abilities mentioned before. The objective of this work is to elaborate a didactic strategy as a     didactic innovation to develop the communicative oral abilities in the formation of research abilities of the students of Primary Education course of the refer center. There were use methods of the theoretical, empirical and mathematical levels. The investigation methodology used, as well as the indicators contribute to justify the paradigm employed and constitute a guide to achieve the results of object and field of investigation real state. The results of the diagnosis detected insufficiency in the development of the oral construction of the scientific text to defend the results of the investigation. The didactic strategy constitutes a tool for the development of the communicative oral abilities of the students and offers the possibility to dynamize their mental activities, because takes into account the contextual characteristic of the Higher Pedagogical School of Bie.

Keywords: communicative oral abilities, research formation, didactic strategy

                                                        Introducçao

A formação inicial dos professores constitui a base do sistema formativo de professores de um país. Esteves (2015) declara que “a formação de um professor se integra num processo de desenvolvimento profissional ao longo da vida e, portanto, nunca está concluída. Isso permite e obriga a configurar e articular formação inicial – indução – formação contínua – formação especializada” (p. 156).

Neste sentido a formação inicial investigativa deve ser um eixo central, em que deve se unificar a fortalecer a preparação dos agentes educativos e para o resultado da formação integral das presentes e futuras gerações de profissionais da educação. Paulo e Chirino (2013) estabelece que “formação investigativa do futuro profissional da educação exige o desenvolvimento de valores éticos profissionais dentro dos quais, resistem especial importância o valor da ciência, o valor da profissão e a honestidade” (p. 6).

A observação de várias defesas derivou a preocupação imperiosa no que tange as habilidades comunicativas orais na exposição dos estudantes através de uma estratégia antes e durante as defesas de forma a resolver as problemáticas da actualidade. A formação dos professores para o ensino primário em Angola abrange um sistema que inclui o componente investigativo para que eles resolvam os problemas na escola através da investigação científica; por isso é preciso desenvolver aquelas habilidades investigativas que necessitam os professores para o desempenho de seu labor profissional. Segundo o analise a documentos essências da ESPB, contatou-se que não é suficiente a atenção que deve possuir o desenvolvimento das habilidades comunicativas orais no currículo do Curso de Educação Primaria, pois só tem uma aproximação na disciplina de Língua Portuguesa no primeiro e segundo anos.

As disciplinas de Língua Portuguesa, que recebe o estudante no primeiro e segundo anos, tampouco oferecem uma sistematização a este conteúdo sobre base do conhecimento das características do texto cientifico, nem o resto das disciplinas do curso. As disciplinas da cadeira Metodologia da Investigação dedicam sua atenção aos elementos do desenho teórico e metodológico, ao processo investigativo, suas etapas e métodos. Todavia, em elas não se explicitam como elaborar o texto científico oral, nem as alternativas linguísticas para sua construção. Conforme o dito, constatam-se limitações no desenvolvimento das habilidades comunicativas orais que afetam a formação investigativa do estudante. 

Também o diagnostico realizado com o emprego dos outros métodos e técnicas empíricas, assim como a experiência do autor desta dissertação no acto de pré-defesa e defesa, permitiu determinar as dificuldades dos estudantes do curso Educação Primaria da Escola Superior Pedagógica de Bie, centrada principalmente na:

- Carências expressivas orais para descrever, caracterizar, argumentar, explicar, fundamentar, demonstrar e defender juízos emitidos em relação ao objecto de estudo da investigação, campo de ação e contributo oferecido.

- Incoerência na organização lógico-discursiva das habilidades comunicativas orais relacionadas com a construção oral do texto científico. 

- A maioria dos estudantes apresenta uma memorização mecânica no discurso oral durante a apresentação dos resultados científicos.

Estas deficiências permitem identificar a seguinte situação problemática: limitada direção didática do desenvolvimento das habilidades comunicativas orais na Língua Portuguesa para a construção oral do texto científico dos estudantes do curso de Educação Primaria da Escola Superior Pedagógica de Bie.

Sobre base desta situação problemática se identifica o seguinte problema científico: Como desenvolver as habilidades comunicativas orais no curso de Educação Primária da Escola Superior Pedagógica do Bié para aperfeiçoar a formação investigativa dos estudantes? O objetivo geral deste trabalho é propor uma estratégia didática para desenvolver as habilidades comunicativas orais na formação investigativas dos estudantes do Curso de Educação Primária da Escola Superior Pedagógica do Bié.

Desenvolvimento

Fundamentação da estratégia didática para o desenvolvimento das habilidades comunicativas orais na formação investigativa

São referentes de consulta indispensável e que constituem pautas na sustentação das posições teóricas e metodológicas os contributos de reconhecidos autores nacionais e estrangeiros, tais como: Flávia e Justi (2009), Becerra e Marlen (2012), Paulo e Chirino (2013), Sousa (2013), Costa e Silva (2014), Greg Anderson (2015), os quais transitam desde modelos da actividade científico-investigativa para formação de habilidades investigativas e particularmente comunicativas orais até posições do aprendizagem com enfoque investigativo e o aprendizagem significativo para adquirir procedimentos e adotar novas atitudes.

O trabalho se sustenta num modelo misto qualitativo-quantitativo, que permite a análise multilateral dos fenômenos sociais. O tipo de investigação é descritivo-explicativa, porque não só se descreve os fenômenos e factos que tem lugar na formação investigativa e desenvolvimento das habilidades comunicativas orais, também explicam-se as causas que limitam seu aperfeiçoamento.

Tendo em conta os objetivos propostos e após a revisão da literatura e do enquadramento teórico sobre a temática em análise, desenvolveu-se o estudo empírico, relativo à análise das habilidades comunicativas orais como campo de investigação que tem lugar na formação investigativa dos estudantes do curso de Educação Primaria na Escola Superior Pedagógica do Bié, como objecto de investigação.

O presente trabalho “defende o estudo do homem, levando em conta que o ser humano não é passivo, mas sim que interpreta o mundo em que vive continuamente” (Guerra, 2014, p. 10). Essa autora afirma que os estudos que se dedicam a esse tipo de pesquisa afirmam que o homem é diferente dos objectos, por isso seu estudo necessita de uma metodologia qualitativa que considere essas diferenças. É dizer este tipo de metodologia “é profundamente interpretativa e descritiva; o investigador faz uma interpretação dos dados, descreve os participantes e os locais, analisa os dados para configurar temas ou categorias e retira conclusões” (Bento, 2012, p. 2).

Neste trabalho também se empregam elementos da investigação quantitativa porque se precisa que os “investigadores quantitativos recolhem os factos e estudam a relação entre eles” (Bell, 2004, pp. 19-20). Assim mesmo, se precisa buscar a “relação causa-efeito entre os fenômenos e também pela facilidade de poder descrever a complexidade de determinada hipótese ou de um problema” (Prodanov e Freitas, 2013, p. 70).

Para interpretar um fenômeno social, é necessário considerá-lo na sua multiplicidade de aspectos, procurando suas várias dimensões analíticas. Por isso o autor desta monografia assume os seguintes indicadores:

- Tratamento ao desenvolvimento das habilidades comunicativas orais dos estudantes na solução dos problemas profissionais.

- O nível de desenvolvimento das habilidades comunicativas orais de descrição, caracterização, argumentação, explicação, fundamentação e defesa dos resultados investigativos.

- O papel dos tutores na formação investigativa e desenvolvimento das habilidades comunicativas orais dos estudantes.

O primeiro indicador é muito importante porque permite conhecer as fissuras no tratamento das habilidades comunicativas orais nas disciplinas que os estudantes recebem e poder resolver a situação a partir da introdução de ações que permitam seu desenvolvimento.

O segundo indicador permite conhecer se existe integração desses componentes, é dizer: o laboral, o acadêmico e o investigativo, em função do desenvolvimento das habilidades comunicativas orais mencionadas. A integração desses componentes desde as disciplinas possibilita um trabalho mais harmônico no tratamento dessas habilidades desde um enfoque profissional, o que possibilita o êxito na solução dos problemas da mesma natureza na escola.

O terceiro indicador facilita fazer uma caracterização e valoração do trabalho que desempenha o tutor como orientador dos estudantes e facilitador do trabalho de fim de curso no desenvolvimento das habilidades comunicativas orais.

Materiais e metodos

Neste trabalho de investigação utilizam-se métodos do nível teórico, empírico e estatístico. Os métodos que se empregaram do nível teórico foram o método de analise-síntese, o método indutivo-dedutivo.

A análise e a síntese funcionam como uma unidade dialética e por isso o método denomina-se análise-síntese. A análise produza-se através da síntese das propriedades e características de cada parte do todo, enquanto a síntese realiza-se sobre a base do resultado da análise. (Rodríguez e  Pérez, 2017, p. 186)

Também se empregou o método indutivo - dedutivo para chegar a determinadas generalizações e particularidades do processo de desenvolvimento das habilidades comunicativas orais na formação investigativas dos estudantes do curso de Educação Primaria através da análise dos resultados dos métodos e técnicas empíricas. Este método é um resultado da combinação de dos métodos: o indutivo e o dedutivo. O método dedutivo reponde ao abordagem quantitativo e o indutivo pertence ao abordagem qualitativo (Fernandes e Escrivão, 2006).

Nesta monografia se utilizou o método da observação participante com a finalidade de caracterizar o estado actual do desenvolvimento das habilidades comunicativas investigativas orais na formação investigativas dos estudantes do 4º ano do curso de Educação Primaria.

Também se empregou a entrevista com o propósito de conhecer as etapas historicas de desenvolvimento das habilidades comunicativas orais no processo de formação investigativa dos estudantes da Escola Superior Pedagógica do Bie. O outro objectivo foi conhecer o estado de opinião sobre o desenvolvimento das habilidades comunicativas orais investigativas nos estudantes do 4º ano de Educação Primaria.

Nesta pesquisa se empregou o método de análise documental. Compartilha-se que o análise documental e uma técnica muito importante na ciências de educação porque a maior parte das fontes escritas – ou não – são quase sempre a base do trabalho de investigação; é aquela realizada a partir de documentos, contemporâneos ou retrospectivos, considerados cientificamente autênticos.

Os documentos que se analisaram foram os programas das cadeiras do Curso de Educação Primaria para constatar a sistematização do desenvolvimento das habilidades comunicativas orais dos estudantes na formação investigativa, desde o instrutivo, o educativo e o desenvolvedor na solução dos problemas profissionais. Também o currículo do Curso de Educação Primaria para determinar a influência da integração da prática laboral, o componente acadêmico e o investigativo no desenvolvimento das habilidades comunicativas orais dos estudantes na formação investigativa. Os registros da avaliação outorgada aos estudantes na exposição de seus resultados no acto de defesa.

O objectivo principal do analise foi conhecer as debilidades e fortalezas do desenvolvimento das habilidades comunicativas orais na formação investigativa dos alunos de 4º ano do curso de Educação Primaria.

Segundo Sá-Silva et al. (2009), “o uso de documentos em pesquisa deve ser apreciado e valorizado (...) porque possibilita ampliar o entendimento de objectos cuja compreensão necessita de contextualização histórica e sociocultural” (p. 2).

Quadro 1

A População e a amostra

População e amostra Extracto

População

Amostra

%

Tipo de amostra

Técnicas de amostragem

Corpo directivo

3

1

33.3

Não probabilístico

Intencional

Professores

32

17

53.1

Não probabilístico

Intencional

Alunos

83

32

38.5

Probabilístico

Aleatorio simple

 

A Escola Superior Pedagógica do Bié esta localizada na cidade do Kuito, no bairro Santo António, Rua Serpa Pinto, Província do Bie, abreviadamente (ESPB), é uma instituição do Ensino Superior Pública, diretamente subordinada ao Ministério do ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, situada na Região Académica V, que comporta as Províncias do Huambo, Bié e Moxico.

Tem como Missão, a formação pedagógica de competências para os futuros professores nas especialidades abaixo referenciadas, assim como contribuir a elevar a educação e cultura geral das populações da província do Bié e não só. Sua visão e ser uma instituição de referência na região e no país, promovendo o desenvolvimento dos saberes mais universais, procurar sempre o rigor no domínio das ciências pedagógicas. E para tal partilham-se valores como: patriotismo, responsabilidade, honestidade e humanismo.

Na actualidade alberga um total de 2375 estudantes sendo 1577 no curso regular e 798 no Pós-laboral, 49 professores nacionais, 40 professores expatriados e 48 trabalhadores administrativos.

Resultados e Discussão

O análise documental permitiu conhecer que no plano curricular se expressam com claridade as macro habilidades comunicativas de escutar, falar, ler e escrever. Embora, as habilidades comunicativas orais no nível científico, tais como: descrever, caracterizar, explicar, argumentar e fundamentar não se declaram; mas defender sim aparece como parte dos objectivo do 4º ano. A carência das habilidades mencionadas dificulta o processo de derivação e inserção das mesmas nos programas das cadeiras e as disciplinas de estudo.

O inquérito aplicou-se a 32 estudantes. Constatou-se que os estudantes desconhecem as habilidades comunicativas orais de descrever, caracterizar, argumentar, explicar, fundamentar e defender ideias, que devem desenvolver; o que significa que seu desenvolvimento não é consciente. Além disso, eles também desconhecem quais são as sub-habilidades de cada uma das habilidades.

Sobre esta base se detectou que alguns professores orientam como desenvolver as habilidades comunicativas orais e outros não. Esse significa que não há uma boa sistematização no desenvolvimento dessas habilidades e constitui uma das razões das carências expressivas para descrever, caracterizar, argumentar, explicar, fundamentar, demonstrar e defender juízos emitidos em relação ao objecto de estudo da investigação, campo de acção da investigação. Também, se reconhece que existe incoerência na organização lógico-discursiva das habilidades comunicativas orais relacionadas devido a pouca sistematização delas.

Um aspecto positivo é o reconhecimento dos estudantes das carências que eles têm em relação com o desenvolvimento de suas habilidades comunicativas orais no processo de formação investigativa. Esse elemento permite que o estudante conheça onde estão suas debilidades para corrigi-las. Outro elemento positivo é o reconhecimento da existência duma estreita coerência entre os aspectos acadêmicos, a prática pedagógica e a extensão universitária. Conhecer essa fortaleza permite a direcção da escola e aos professores definir as estratégias que possibilitem o desenvolvimento das habilidades comunicativas orais mencionadas.

O inquérito aos professores mostra que a formação investigativa dos estudantes deve ser aperfeiçoada, através da aplicação de métodos nas aulas que realmente contribuam ao desenvolvimento das habilidades comunicativas orais na formação investigativa, tais como o método explicativo, expositivo e demonstrativo entre outros. Os resultados do inquérito aos professores mostra a necessidades de elaborar uma estratégia didáctica, como produto da inovação, que pode contribuir ao cumprimento do objectivo da investigação e resolver o problema que se declara na introdução deste trabalho.

Realizaram-se 20 observações aos actos de pré-defesa e defesa nos anos letivos 2018 e 2019. Nesse sentido, constatou-se que o problema da investigação existe e deve ser resolvido. Observou-se que na pré-defesa a maiorias dos estudantes têm serias dificuldades no desenvolvimento das habilidades de caracterizar, argumentar, explicar, fundamentar e defender seus resultados investigativos. As causas dessas dificuldades foram expostas na análise dos documentos oficias da ESPB, nas entrevistas aos professores e estudantes. Evidencia-se que na pré-defesa predomina um processo de desenvolvimento da fala com ênfases na memória.

Infere-se, dos resultados das observações, que a sistematicidade do desenvolvimento das habilidades mencionadas da comunicação deve aperfeiçoar-se desde o primeiro ano do curso. Esso significa que o trabalho metodológico deve ser melhor e mais sistemático em relação com o desenvolvimento das habilidades objecto de estudo. Nesse sentido, precisa-se de uma estratégia didáctica que contribuía a resolver o problema científico.

Se entrevistaram a siete tutores do Trabalho de Fim de Curso. As respostas oferecidas demonstram que é preciso a capacitação permanente dos tutores. Neste sentido não existe correspondência entre os resultados do inquérito aos estudantes e o inquérito aos tutores porque alguns estudantes não estão de acordo com a preparação que seus tutores para o desenvolvimento das habilidades comunicativas orais. 

As dificuldades detectadas são resultados da incoerência na organização lógico-discursiva das habilidades comunicativas orais mencionadas relacionadas com a construção oral do texto científico. Se determinou que a maioria dos estudantes tendem a uma memorização mecânica no discurso oral durante a apresentação dos resultados científicos principalmente no acto de pré-defesa.

Também se detectou que alguns professores e tutores precisam de uma superação metodológica na área da linguo-didáctica para aperfeiçoar o desenvolvimento das seguintes habilidades comunicativas orais: descrever, caracterizar, argumentar, explicar, fundamentar e defender, sobre a base do conhecimento de sua operacionalização.

Estrategia didática para o  desenvolvimento das habilidades comunicativas orais no processo de formação investigativa

Para resolver o problema elaborou-se uma estratégia didáctica. O objectivo geral da estratégia didáctica é aperfeiçoar os desenvolvimento das habilidades comunicativas orais dos estudantes no processo de formação investigativa do Curso de Educação Primaria da Escola Superior Pedagógica do Bie. A ênfase está no desenvolvimento das habilidades orais de descrever, caracterizar, argumentar, explicar, fundamentar e defender. 

A primeira etapa é o diagnóstico da situação actual do desenvolvimento das habilidades comunicativas orais no processo de formação investigativa. O objectivo específico dessa etapa é determinar as debilidades e fortalezas dos estudantes, assim como suas necessidades, interesses e aspirações no desenvolvimento das habilidades comunicativas orais de descrever, caracterizar, argumentar, explicar, fundamentar e defender no processo de formação investigativa. Essa etapa esta composta por seis acções.

A segunda etapa é a planificação das actividades para o desenvolvimento das habilidades comunicativas orais no processo de formação investigativa. O objectivo específico é desenhar as actividades para o desenvolvimento das habilidades comunicativas orais: descrever, caracterizar, argumentar, explicar, fundamentar e defender, sobre a base dos componentes didácticos na formação investigativa.

As nove acções desta etapa estão dirigidas, primeiramente, à preparação dos professores para garantir uma planificação solida do desenvolvimento das habilidades comunicativas orais mencionadas na formação investigativa e cumprir o objectivo geral da estratégia. As acções desta etapa facilitam a organização do trabalho metodológico pelos sujeitos que dirigem o processo de desenvolvimento das habilidades comunicativas orais na formação investigativa.

Nesta etapa deve-se planificar uma superação teórica e prática aos professores sobre a base de suas necessidades didáctico-metodológica sobre o desenvolvimento das habilidades comunicativas orais de descrever, caracterizar, argumentar, explicar, fundamentar e defender na formação investigativa. Essa superação inclui seminários e outras actividades metodológicas

A terceira etapa é a execução das acções para o desenvolvimento das habilidades comunicativas orais no processo de formação investigativa. O objectivo específico é aplicar as acções planificadas na etapa anterior a fim de desenvolver as habilidades comunicativas orais de descrever, caracterizar, argumentar, explicar, fundamentar e defender na formação investigativa. Nesta etapa, deve-se estabelecer um ambiente psicológico favorável e criativo para estragar possíveis barreiras e desenvolver as melhores relações entre os estudantes e os professores, colocar aos estudantes como centro das actividades em geral e facilitar a organização e direcção dos estudantes nas actividades. Nesta etapa os estudantes devem estar implicados na realização das acções para solucionar os exercícios das actividades. Por isso existem dez acções dos professores e dez dos estudantes.

A quarta etapa é a valoração das acções para o desenvolvimento das habilidades comunicativas orais no processo de formação investigativa. O objectivo é avaliar as acções das etapas anteriores da estratégia através da constatação dos resultados práticos da aplicação do desenvolvimento das habilidades comunicativas orais no processo de formação investigativa. Esta etapa permite aos professores, tutores e estudantes fazer uma valoração das acções da estratégia, através da auto avaliação e a co-avaliação. Deste modo o professor, o tutor e o estudante realizam acções de regulação, em correspondência com os resultados que se obtêm durante o processo de formação investigativa para o desenvolvimento das habilidades comunicativas orais.

O desenho dos instrumentos de avaliação responde as características da estratégia. Deve-se refletir como influem as acções das etapas anteriores sobre as dificuldades ou barreiras para o desenvolvimento das habilidades comunicativas orais, assim como o nível de satisfação desde o ponto de vista pessoal, o que é um indicador de impacto da estratégia.

O juízo dos autores deste trabalho de investigação, a formação inicial não é só um processo de apropriação, sendo de construção da cultura pedagógica necessária para educar, instruir e desenvolver as potencialidades das novas gerações. Dita construção é também consequência da solução dos problemas profissionais, sustentada numa adequada formação inicial investigativa, onde o eixo principal é o desenvolvimento das habilidades comunicativas.

A razão principal desta formação é que não pode ser concluída sem cooperação com escolas do nível de ensino onde o futuro professor irá trabalhar, porque entre a universidade e a escola se produze um processo de retroalimentação, mediado pela relação entre os sujeitos envolvidos para a solução dos problemas profissionais através da investigação.

Monteiro e Assunção (2009) tem assumido de Nascimento (2006) que:

A formação de professor não tem sido abordada de forma adequada

(…) a pedagogia dos cursos de formação docente tem sido marcada por uma forte tendência para a exposição, para a transmissão de informações, pelo professor, numa simples cadeia de repetições e reproduções. De salientar que a postura investigativa não se faz presente ao longo do processo pedagógico de formação. (p. 24)

Essa autora enfatiza na necessidade de prestar atenção a formação investigativa dos futuros professores durante seus estudos universitários, porque na atualidade a formação investigativa não tem lugar de maneira intencional a longo do ano escolar.

Paulo e Chirino (2013) têm estudado a formação investigativa do futuro profissional da educação, especificamente o desenvolvimento das habilidades investigativas. Eles declaram que:

a formação investigativa do futuro profissional da educação exige o desenvolvimento de valores éticos profissionais dentro dos quais, resistem especial importância o valor da ciência, o valor da profissão e a honestidade científica, já que deve se partir de que o futuro profissional busque na ciência as explicações aos factos e fenômenos da realidade educativa. (p. 6)

O fortalecimento dos valores éticos, no processo de formação investigativa, constitui um dos mais importantes aspetos a ter em conta no desenvolvimento das habilidades investigativas, entre as quais se encontram as habilidades comunicativas orais, como: caracterizar, argumentar, explicar, fundamentar, demonstrar e valorar. 

Desde o ponto de vista psicológico o desenvolvimento das habilidades fundamenta-se na teoria da estrutura geral da actividade (Leontiev, 1981) porque o desenvolvimento da habilidade tem em conta as acções e operações como componentes da actividade. Desde o ponto de vista didático, essa ciência brinda como dirigir o processo da assimilação das acções e as operações.

Denomina-se ação, desde o ponto de vista psicológico, “a execução da atuação que se realiza como uma instrumentação consciente, determinada pela representação antecipada do resultado a alcançar (objetivo) e a posta em marcha do sistema das operações requerido para accionar” (Bermúdez e Rodríguez, 1996, p. 87).

O resultado do emprego sistemático da acção, encaminhada à consecução do objetivo, traze consigo o desenvolvimento da habilidade, a qual, desde o plano didático, como diz Petrovsky (citado por Fuentes e Álvarez, 1998), é “o domínio dum complexo sistema de ações psíquicas e práticas necessárias para uma regulação racional da actividade, com ajuda dos conhecimentos e hábitos o que a pessoa possui” (p. 90). Essa definição constitui importante fundamento da proposta deste trabalho cientifico.

Mayumi et al. (2012) declara que “As habilidades comunicativas se referem à capacidade do indivíduo em participar de uma sequência interativa de actos de fala, tendo como objetivo o intercâmbio comunicativo” (p. 77). No desenvolvimento das habilidades comunicativas orais se deve ter em conta, o acto de fala, a interação e o contexto.

Corrêa (2013) estabelece a relação entre as múltiplas linguagens e as habilidades comunicativas. Ele considera que as habilidades comunicativas são capacidades que se tem para a comunica¬ção a qual “significa a transmissão de pensamento num dado conjunto de formas ou meios em que o remetente de determinada mensagem se faz entender pelo destinatário, a partir de uma produção comunicativa” (p. 114).

Desta forma, a comunicação engloba a linguagem oral, a qual deve ser vista (Bitti e Zani, 1997, pp. 19-20, citados em Sousa, 2013)

não só [enquanto] habilidade linguística e gramatical (de produzir e interpretar frases bem formadas) como também [enquanto] série de habilidades extralinguísticas com ela relacionadas que são sociais (no sentido de adequar a mensagem a uma situação específica) ou semiótica (que significa saber utilizar outros códigos para além do linguístico, como por exemplo o cinético, as expressões faciais, os movimentos de rosto, das mãos, etc.). (pp. 43-44)

A principal habilidade comunicativa oral do estilo científico é defender os resultados de investigação. Essa habilidade está formada por outras habilidades de ordem inferior em relação com a habilidade de defender. Isso deve-se a relação dialética entre habilidade e hábito. O que num sistema maior é habilidade, num sistema menor é hábito. Daqui que defender os resultados da investigação contém outras habilidades comunicativas orais do estilo científico como descrever, caracterizar, argumentar, explicar, demonstrar, fundamentar e valorar criticamente os resultados.

A habilidade oral de descrever significa anotar os aspectos de um objecto, tal como apresenta-se na realidade. Essa habilidade está composta pelas seguintes sub-habilidades: expressar o objecto de descrição, expressar de forma oral o ordenamento lógico dos elementos a descrever, reproduzir de maneira oral as características do objecto a avaliar segundo o ordenamento.

A habilidade de caracterizar oralmente um objecto ou fenômeno significa expressar os aspectos que tipificam um objecto ou fenômeno como esse e não outro. As sub-habilidades orais desta habilidade são analisar oralmente o objecto, dizer o essencial, comparar de forma oral o objecto com outros objectos de sua classe e de outras classes, dizer os elementos que lhos tipificam e distinguem dos outros.

A argumentação constitui o processo de apoiar ou discrepar uma afirmação cuja validez é questionável ou discutível. O objetivo do texto oral de argumentação é persuadir ou convencer à audiência sobre o valor da tese e buscar a aprovação da audiência. É dizer, o propósito de todo texto argumentativo é reafirmar a aderência duma audiência e por isso deve se ter em conta as características desta audiência.

A habilidade de argumentar oralmente significa expressar de forma oral os juízos de valor e razões cientificamente fundamentadas para desfrutar o convencimento de uma determinada teoria. Esta habilidade está composta pelas seguintes sub-habilidades: dizer o juízo inicial, encontrar em outras fontes os juízos que corroboram o juízo inicial, dizer as regras lógicas que servem de base ao razoável.

Outra habilidade importante é explicar, o que significa estabelecer relações causais para oferecer as razões que justificam a existência de determinados juízos, fenómenos ou objectos. Esta habilidade está formada pelas seguintes sub-habilidades: expressar oralmente o objecto de explicação, argumentar os juízos de partida, estabelecer de forma oral as inter-relações dos argumentos, dizer as inter-relações, juízos e razoamentos encontrados com uma ordem lógica.

A habilidade de demonstrar oralmente é muito importante na defensa do trabalho de fim do curso porque permite estabelecer os razoamentos que relacionam os factos ou argumentos para aportar a determinadas conclusões ou critérios. Neste sentido, se a relação é negativa se está em presença da refutação. A habilidade de demostrar de maneira oral está composta pelas seguintes sub-habilidades: caracterizar o objecto de demonstração, selecionar os argumentos e factos que corroboram o objecto de demonstração, elaborar os razoamentos que relacionam os argumentos e mostram as veracidades ou falsidades do objecto de demonstração. 

Uma das habilidades comunicativas orais mais importante e fundamentar porque permite estabelecer de maneira oral as bases teóricas e práticas que oferecem critérios sólidos para a argumentação e demonstração de determinados pressupostos. Esta habilidade está composta pelas sub-habilidades seguintes: dizer o objecto, selecionar os argumentos, explicar os argumentos, demostrar os argumentos e dizer as conclusões.

Outra habilidade de comunicação oral do estilo científico é valorar. Esta habilidade permite estabelecer os juízos de valor a partir de uma determinada concepção do mundo. Para valorar de forma oral um objecto é necessário seguir as seguintes sub-habilidades: caracterizar oralmente o objecto de valoração, dizer os critérios de valoração, comparar o objecto com os critérios de valor estabelecido, expressar os juízos de valor acerca do objecto.

A intenção comunicativa dos estudantes que defendem seus resultados científicos deve ter como essência convencer à comunidade científica do valor epistémico e a factibilidade do contributo prático, a partir da argumentação científica, o que implica instrumentar as estratégias comunicativas necessárias para o desenvolvimento dessa intenção. Convencer é argumentar o valor científico metodológico dos contributos e por isso deve ser consequente com a lógica da investigação a partir de saber conotar as relações entre os níveis epistémicos sistematizadores que fundamentam o problema de investigação e sustentam o contributo prático que propõe

A finalidade comunicativa do estudante como investigador é alcançar uma valoração oral efetiva da transcendência e impacto dos contributos a educação na comunidade cientifica, porque a comunicação é uma representação da actividade cognoscitiva do pensamento e a correlação entre consciência individual e social.  Estes aspetos permitem considerar a construção duma estratégia didática comunicativa para o desenvolvimento das habilidades comunicativas orais segundo as exigências sociais e uma aptidão ética que se assume antes a realidade investigativa.

Conclusões

A sistematização dos fundamentos epistemológicos permitiu sustentar o desenvolvimento das habilidades comunicativas orais no processo de formação investigativa que tem lugar no processo de ensino aprendizagem da escola. As interpretações das posições teóricas sobre o objecto e campo de investigação sustentam a necessidade de resolver o problema científico desde uma visão integradora destas habilidades comunicativas orais.

A metodologia de investigação utilizada contribuiu a justificar o paradigma empregado, assim como o emprego dos indicadores, métodos teóricos, empíricos e os estatístico-matemáticos constituindo uma guia para a obtenção dos resultados do diagnóstico do estado actual do objecto e campo da investigação.

Os resultados do diagnostico, derivados dos instrumentos aplicados, para caracterizar o estado actual do desenvolvimento das habilidades comunicativas revelam as insuficiências que denotam a presencia de uma situação problemática no objecto e campo da investigação. Esses resultados advertem a necessidade de elaborar uma estratégia didáctica para solucionar o problema cientifico.

A estratégia didáctica elaborada oferece aos estudantes e professores a possibilidade de desempenhar um papel dinamizador de suas actividades mentais porque ela se ajusta as características contextuais para o desenvolvimento das habilidades comunicativas orais no processo de formação investigativa. O emprego desta estratégia se converte num forte estimulo para a aprendizagem dessas habilidades, devido a utilização de diversas etapas, acções, vias, médios e formas que servem de suporte.     

                                                               Referências 

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Becerra, A. e Marlen, G. (2012). La formación investigativa: su pertinencia en pregrado. Revista Virtual Universidad Católica del Norte, 35, 367-379. https://www.redalyc.org/pdf/1942/194224362019.pdf

Bell, J. (2004). Como realizar um projecto de investigação (3ª edição). Gradiva.         https://soclogos.files.wordpress.com/2014/09/como-realizar-um-p-de-investigac3a7ao-bell.pdf

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[1] Licenciado en Educación, especialidades Lenguas Extranjeras (Inglés y Ruso). Máster en Ciencias de la Educación. Doctor en Ciencias Pedagógicas. Profesor Titular. Departamento de Lenguas Extranjeras. Universidad de Oriente. Cuba.  Email: colimontavilla@gmail.com ORCID: http://orcid.org/0000-0001-9547-04759

[2]  Licenciada en Educación, especialidad Lenguas Extranjeras (Inglés). Máster en Investigación Educativa. Doctora en Ciencias Pedagógicas. Profesora Titular. Centro de Idiomas. Universidad de Guantánamo. Cuba. Email: miriam@cug.co.cu ORCID:  http://orcid.org/0000-0002-2776-9587

[3] Licenciado en Educación, especialidad Historia y Ciencias Sociales. Máster en Ciencias de la Educación. Profesor Auxiliar. Departamento de Cuadro. Universidad de Guantánamo. Cuba. Email: wilfredocl@cug.co.cu ORCID: https://orcid.org/0000-0003-0825-3419